terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (25)

Urso ~~ Capítulo 17 ~~ Nova casa ( PARTE 2 )

Aquele "bip" irritante no celular indicando o caminho certo já estava dando nos nervos do Urso. Fazia em torno de meia hora que ele caminhava pela mata, e os mosquitos, e aquelas sombras assustadoras que se formavam ao seu redor não lhe causavam mais estresse que aquele maldito toque no celular. E conforme o Urso se aproximava do local, aquele som ficava mais irritante.
- Tenho que chegar logo... Não posso ficar na mata quando escurecer. Eu sinto que estou sendo observado... - Falou o Urso para si mesmo, enquanto passava por alguns cipós.
Então o Urso avistou a base da NASA do sul e... era uma caverna. O celular parou de apitar, e começou a tocar. O Urso atendeu:
- Muito bem agente. Como você esta vendo, essa é uma base, ahn, abandonada. Porém há inúmeros arquivos e algumas outras coisas que precisam ser guardadas. Vigiadas. Sua tarefa, até segunda ordem, é permanecer nesse local, sem que nenhum intruso se apodere dos arquivos. 
- Ok, mas e os mantimentos?
- Bem, sobre isso, você deve ter segurado algum dinheiro não é? Pois bem, não podemos providenciar ajuda, e você terá que se mostrar auto-suficiente.
- Quer dizer que terei que me virar é isso?
- Pense nisso como uma colônia de férias.
- Mas o lugar aqui é meio hostil. E também vocês não podem simplesmente fazer isso comigo. Estou totalmente...
- Bem, essas são as instruções. Aconselho a procurar informações na cidade e nos arredores dela. Sinta-se honrado em ter essa responsabilidade em mãos. Quando chegar a hora de se mudar você saberá. Passar bem. 
- Não! Espere...!
Mas era tarde. Ele já havia desligado.
- Malditos... - Bufou Rogers.
Algum grilo fez barulho ali perto. O Urso achou melhor entrar logo na caverna.
Chegando lá, não achou nada. Havia uma parede cheia de musgo a sua frente e aos redores. Pingava água das paredes. Havia apenas uma brecha em que apenas as patas do Urso podiam passar, acima das parede do fundo da caverna. O Urso se aproximou de lá, e percebeu marcas estranhas feitas na parede. Foi seguindo elas pelos musgos, e descobriu uma espécie de interruptor "natural" entre algumas pedras. Quando acionou aquilo, uma porta se abriu na lateral da caverna. O Urso entrou cuidadosamente por lá. Estava escuro no começo, mas na primeira curva ele avistou um luz bem fraquinha. Caminhou até lá. O Urso saiu numa abertura, e lá dentro, a pequena luz que iluminava o céu estava iluminando uma parte da caverna também. Percebeu que era um lugar muito espaçoso. Precisava iluminar tudo aquilo. Mas estava ainda lá, imobilizado, um pouco pensativo, um pouco admirado, quando um daqueles olhos sanguinários surgiu em meio a escuridão, e logo após outro, e outro, até o lugar inteiro ficar coberto daquelas pequenas luzes vermelhas. O Urso ficou tenso. Então aqueles olhos fizeram milhares de barulhos fortes e voaram em sua direção, desnorteando o Urso, que caiu nas pedras inconsciente.
(CONTINUA...)

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