terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (41)

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Décima segunda parte - O "Peregrinário" (02)


--//-- Manhã do dia 22/06/20XX --\\--

Passei uma semana aqui, nesse incrível lugar. Infelizmente não consegui tempo para escrever, pois estava ocupado tirando a neve e procurando algumas coisas interessantes. Infelizmente ocorreu uma pequena nevasca nesses dias também, o que impossibilitou que eu fizesse uma busca melhor.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (40)

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Décima primeira parte - O "Perigrinário" (01)

--//-- Início do dia 15/06/20XX --\\--

Durante o dia inteiro ontem, sem pausar nem para anotar, eu fui em busca de uma saída da Floresta Negra, e acabei encontrando. Foi uma longa caminhada. Não encontrei muita coisa nova, me alimentei de frutas, e nos limites da Floresta, achei um riacho. 

Fiz meu acampamento temporário lá. Durante a noite, cacei alguns animais de pequeno porte, fiz fogo, limpei a pele de uma raposa-coelho e fiz um pequeno recipiente de água. Na manhã seguinte, alimentado e com água, comecei me movimentar novamente. Depois que saí totalmente da Floresta, achei uma planície muito grande, coberta de uma grama muito alta e verde. Obviamente, eu estranhei. Está tudo coberto de gelo e neve afinal. Como poderia haver algum lugar assim? As nuvens no céu parecem não se condensarem acima, e o vento gelado parece bater numa "barreira" imaginária... 

Eu resolvi sentar perto de uma árvore, e escrever. O lugar aqui é aconchegante e um pouco mais quente. Vou descansar aqui um pouco e observar esse lindo lugar.


--//-- Noite do dia 15/06/20XX --\\--


Incrível! Espetacular! O dia que tive hoje compensou muito todas as encrencas que vivi ultimamente!

Pois bem, como eu tinha dito na anotação anterior, eu havia parado nesse lugar com muito verde e de clima agradável. Bem, eu ainda estou aqui!

Quando eu parei de escrever, uns dez minutos depois, algumas espécies de pássaros começaram a aparecer. Uns eram vermelhos, outros amarelos... pássaros comuns. 

Então eu estranhei quando apareceu a primeira vaca-voadora. Ela parou no meio do campo e começou a comer a grama, enquanto alguns pássaros subiram nas suas costas e asas. Então de repente começaram a chegar mais delas, e mais... Elas estavam por toda parte. Isso é muito raro acontecer, afinal, devido ninguém gostar muito delas, elas não costumam ficar muito próximas umas das outras, além de serem muito tímidas. 

Eu já estava maravilhado, quando o mais surpreendente aconteceu. Centenas de milhares de espécies diferentes de seres alados apareceram. 

Havia esquilos-voadores, macacos-galinha, bicos-de-pluma....Era impossível saber todas as espécies que se encontravam aí.

Eu mesmo vi dois dragões! Eram dois pequenos, de uns 20 metros de largura, mas já tava valendo.

Aquele lugar ficou cheio todo o dia, De noite, quando começaram a ir embora, o tempo foi ficando fechando e o vento começou a aparecer. Algumas horas depois, o cenário estava como qualquer um: frio, coberto de neve, sem muita vida ao redor. 

Mas meu dia valeu a pena. Eu só fiquei observando. Acho que vi algo que deve ser raro acontecer, e que ninguém conhece ainda. Incrível! Esse lugar, do qual eu batizei de "Peregrinário", com certeza entrará pro meu mapa. E com certeza irei voltar aqui algum dia.

Ah, e alguns dos meus morcegos vieram matar a saudade. Pedi que avisassem para os fantasmas que está tudo certo comigo e que eu estou bem. 

Amanhã olharei melhor esse lugar. Ver o que eu posso achar aqui já me excita!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Volta e pedido de desculpas

Olá a todos vocês que ainda acompanham o blog.

Bem, devo me desculpar em nome do Urso e de nós, fantasmas dele, pela falta de consideração com vocês. Acabamos meio que relaxando, e "abandonamos" o blog por mais de 1 mês.

Mas essa época passou, e agora estamos aqui novamente. Estaremos, como sempre, postando a cada semana um capítulo novo no blog, e, ocasionalmente, alguma coisa que achemos interessante.

Espero que vocês nos perdoem e voltem a ler o blog.

Obrigado e nossas sinceras desculpas.


--Kalau

O Livro: Crônicas do Urso (39)

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele usará seu sentido de Killer-Destruidor ò.ó 

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Décima parte - A Floresta Negra (05)

--//-- Início da tarde do dia 13/06/20XX --\\--

Enquanto eu pensava em como sair desse lugar, a manhã foi passando. Não sei se é coisa da minha cabeça, mas juro ouvir risos diabólicos ecoando pelas paredes. Eu senti que estava começando a ficar louco. Devo admitir, acredito que minha convivência com os fantasmas acabaram fortalecendo minha mente, pois se fosse qualquer outro alguém, já tinha se juntado aos corpos do sótão. Mesmo assim, eu não iria aguentar muito tempo mais.
Perto do meio dia resolvi escolher apelar para meu lado mais destrutivo, e comecei a bolar um pequeno plano. Nesse meio tempo, acredito que a Bruxa percebeu minhas intenções, e fez de tudo para me segurar lá: A falsa nevasca intensificou-se, cobrindo as janelas; o frio se intensificava absurdamente perto das saídas; um grande e suculento banquete surgiu para mim como num passe de mágica.
Eu logo percebi que ela não "abriria mão" de mim tão fácil.
Mas eu estou decidido. Assim que acabar de escrever, irei por meu plano em prática. Senão, essas são minhas últimas palavras. Caso você, leitor, esteja lendo isso aqui dentro dessa casa, apenas fuja. Dê um jeito, corra, quebre, enfim, saia agora, saia nesse instante, não espere. E boa sorte.

--//-- Início da noite do dia 13/06/20XX --\\--

Bem, como estou escrevendo aqui, sinal de que estou vivo. E de que, enfim, saí da maldita casa. Ainda estou nervoso, e me escondi numa pequena caverna que achei depois de correr até minhas pernas estarem bambas.
Não foi fácil. Pelo contrário. Eu achei que seria mais simples. Quando eu tentei abrir e logo após forçar a porta, o fogo da lareira aumentou e o calor ficou intenso demais lá dentro. Estava pior do que o deserto onde eu nasci. Eu não enxergava mais nada do lado de fora. As venezianas começaram a bater com força, e num ritmo ascendente e acelerado. Onde antes era tudo colorido, agora a imagem da sala aconchegante estava sendo substituída por muito cinza e vermelho-sangue. Tentei quebrar uma janela, e ela fechou com tanta força que eu não teria tempo para arrombar aquilo. Quando eu cheguei perto da lareira, as chamas tentaram me agarrar. Estou com uma queimadura terrível no tornozelo direito. Eu comecei a entrar em pânico, achei que iria morrer naquele momento, naquele lugar. Vi um corpo ensanguentado na mesa, onde antes havia um enorme banquete. Comecei ouvir risadas mais altas e gritos horrendos. Achei que vinham das paredes no início, mas percebi que vinham do andar superior. Possivelmente do quarto dos corpos. Fiquei aterrorizado. "Eu vou morrer" - comecei a repetir a mim mesmo. Nunca havia sentido tanto medo. Que foi ficando pior, após eu começar ouvir passos descendo os degraus. Eu ouvia os gritos e risos cada vez mais nítidos. Ela...ela não podia ser uma Bruxa...pelo menos não uma comum. Alguma coisa me dizia que aquilo era errado, pois tal terror psicológico e, até mesmo, minha "proteção" inicial me dada pela convivência com fantasmas, não "combinava" com poderes de Bruxa. O que estava ali era algo pior, que havia tomado pela raça que ela aniquilou o nome de Deus, e por possíveis lendas, o nome de Bruxa. 
Naquele momento, com o fogo tomando conta de quase toda a casa, e alguma coisa indo ao meu encontro, com um poder mágico absurdo, eu fechei os olhos e pensei: "É meu fim? Horrível desse jeito? Não, não posso terminar assim!". Eu abri meus olhos e fui de encontro a porta, com toda minha força. Não senti dor pelas chamas,  não senti se ela cedia, não senti nada. Só sei que depois da minha terceira tentativa, algo me empurrou para fora daquele lugar. E antes de eu cair, eu vi de relance seres pequenos, de cor cinzas, segurando foices e facões, e alguns seres diferentes que eu não reconhecia. Tudo me leva a crer que foram seres antecessores a mim. Entre eles, um em específico, grande e vermelho, com quatro braço e quatro pernas, olhava para mim com um sorriso. Acredito que aquele era Kyu'Moh Gathz. Talvez ele estivesse aprovando algo em mim. Só sei que levantei e corri. Corri demais. Me atrevi a dar uma olhada para trás só quando eu julgava estar seguro. Não vi nada. Então, não sei o que aconteceu com aquela casa maldita, e não sei o motivo que os fantasmas e almas perdidas daqueles seres me salvaram. E prefiro não descobrir tão cedo. Quando eu chegar em casa, terei que elaborar um mapa detalhado com a ajuda dos fantasmas.
Mas o fato agora, é que estou totalmente perdido. 
Vou descansar por ora, estou completamente exausto. Foi um dia e tanto. Amanhã eu penso no que fazer.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (38) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele continuará na casa, investigando-a.


Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Nona parte - A Floresta Negra (04)

--//-- Início da manhã do dia 13/06/20XX --\\--

"Como colocar em palavras o que eu sei agora?

Como colocar em palavras o sentimento que tenho agora?
Não há palavras que descrevam."
Kyu'Moh Gathz

Essas foram as últimas frases que encontrei no diário. Ele não era longo, tinha umas 50 páginas escritas. Eu li e reli durante toda a madrugada. Parece que Kyu descobriu as origens desse lugar, e isso levou, possivelmente, ao seu fim. 
A história dessa casa, basicamente, é que ela foi construída centenas de anos atrás, por fazendeiros que existiam na região. Eles eram chamados de Feizêns. Esses tais de Feizêns viviam sobre proteção de uma Bruxa que tinha arranjado um jeito de tornar-se imortal. Ela possuía corpos de pessoas, que serviam de oferenda para ela. Os Feizêns a tinham como uma deusa. Então, eles construíram essa casa como local de preparação das oferendas. Porém a Bruxa era vaidosa (além de ser muito poderosa), e lançou um feitiço na casa, para que ela pudesse "preparar" das melhores maneiras cada pessoa que vinha ser uma oferenda. 
Quando a oferenda estava "no ponto", ela subia a um quarto no sótão (isso mesmo, o quarto dos corpos) e esperava pela Bruxa lá, o que significava a perda de sua alma e, consequentemente, sua morte.
Acontece que como a Bruxa era extremamente vaidosa e se enjoava facilmente de seus corpos, ela exigia cada vez mais e mais oferendas. Bem, resumindo, ela dizimou a pequena raça dos Feizêns, e ficou completamente só naquele lugar. Porém, o uso excessivo da magia da transferência de corpo e alma, fez ela envelhecer extremamente rápido. Parece que sua última saída foi se fundir junto à casa, na derradeira e louca tentativa de viver para sempre. 
Conclusão: A Bruxa ainda está aqui, e ainda quer corpos, apesar de não os utilizar mais. Bem, acho que é porque ela não foi bem-sucedida na sua última magia, e sua mente só vive nessa casa com apenas o princípio de querer sobreviver.
Ah, e eu descobri que a nevasca lá fora é ilusão. O chão deve estar ainda cheio de neve, como de costume. Mas sem nevascas.
Bem, eu preciso sair desse lugar. 
Mas tenho certeza que a Casa-Bruxa não vai me deixar ir tão facilmente. 
Ou apelo pro meu sentido Killer-Destruidor, e tento arrombar esse lugar, ou para o meu sentido Killer-Furtivo, e tento arranjar um meio sorrateiro de sumir daqui, se é que isso existe.
Pelo jeito, estou num impasse. Novamente.


##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele use seu sentido de Killer-Destruidor ò.ó
Ou
Que ele use seu sentido de Killer-Furtivo >=)

(Atualização do dia 31/07/13) Escolhida:  Ele usará seu sentido de Killer-Destruidor ò.ó 
(CONTINUA...)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (37) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele continuará esperando na misteriosa casa.


Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Oitava parte - A Floresta Negra (03)

--//-- Tarde do dia 11/06/20XX --\\--

Dormi a manhã toda. Acordei novamente salvo pelo meu senso de Killer. Agora ele continua apitando, mesmo que bem baixinho, como se estivesse sempre alerta. Eu levantei num susto, achando que alguém me observava. Mas estava tudo igual, a mobília, o tempo lá fora, inclusive o fogo que, estranhamente, ainda crepitava. Eu precisava me manter calmo. Achei comida naquela casa (parecia que por mais que eu comesse, ela se "reabastecia") e depois que me acalmei, comecei a pensar no que fazer.
Bem, eu já havia decidido em esperar a nevasca passar para poder sair, mas me manter parado só esperando não me parecia uma boa ideia. Então vou vasculhar a casa, para ver se consigo descobrir mais alguma coisa.

(Mais tarde, ainda durante o dia)

Ok, cada vez que passo mais tempo nessa casa, mais percebo o quanto quero sair. Bem, a casa em si não é muito grande. Tem uma sala aconchegante no térreo, e uma cozinha também. Subindo as escadas, tem apenas um quarto, sem muita mobília, e um banheiro, muito limpo. Há uma pequena passagem, escondida à primeira vista, mas que está do lado do armário dentro do quarto. Ela leva pro sótão, onde há aquele lugar,
Eu achei que era "só" isso. Mas enquanto descia novamente as escada, eu vi algo na cozinha, embaixo do armário da pia. Eu fui até lá e achei uma alavanca. Quando eu empurrei ela, uma passagem apareceu atrás de mim, do lado da geladeira. Eu...eu ainda não tive de descer lá. Não estou com um pressentimento bom sobre o que tem lá embaixo (na verdade, sobre a casa inteira). Pelo menos quero escrever minhas últimas palavras. Vou criar coragem e espero que eu possa relatar isso aqui novamente depois.

--//-- Madrugada do dia 12/06/20XX --\\--

Bem, estou escrevendo de novo, e isso já é um ótimo sinal. Eu desci naquele lugar, e encontrei um porão. Não era um porão assustador. Ele era comum. Exatamente como a casa. Além dos pilares que sustentam a casa, havia um lugar que parecia como um escritório. Tinha uma mesa e um abajur, sem lâmpada. Dentro dessa mesa, tinha um caderno. Eu comecei a lê-lo, e aquilo parecia um diário, como o meu. Eu estava lendo as primeiras páginas, que relatavam coisas que tinham acontecido comigo também, quando ouvi um barulho lá em cima. Fui correndo até lá, mas não achei nada e nem ninguém. Porém, quando tentei voltar, a passagem estava fechada, e a alavanca não funcionava mais. Por sorte, eu estava com o diário na mão. 
Bem, a partir dali eu comecei a ler essas anotações. O nome do ser que escreveu isso aqui é Kyu'Moh Gathz. Acredito que ele era um lagarto do deserto, ou uma aranha-macho das florestas tropicais. Mas o que é claro que ele não estava acostumado com o frio. Tem muita coisa interessante aqui, vou ter que prestar muita atenção. Pelo menos algo me manterá acordado. 
Há só mais uma coisa que está me intrigando. Essa nevasca já dura dias, mas não vi nenhum tipo de mudança lá fora. Sinceramente, não sei onde é mais seguro. E agora estou num impasse novamente. Ou fico aqui e descubro mais sobre a casa, ou me arrisco a saber dela pelo diário lá fora, na nevasca.

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele investigue ficando na casa, seguro da nevasca, mas a mercê dos mistérios daquele lugar
Ou
Que ele investigue, porém saindo daquela casa, tentando sobreviver ao que parece ser uma enorme nevasca

(Atualização do dia 07/06/13) Escolhida: Ele continuará na casa, investigando-a.


(CONTINUA...)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (36) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele passará a noite na casa misteriosa.


Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Sétima Parte - A Floresta Negra (02)

--//-- Manhã do dia 10/06/20XX --\\--

Resolvi passar a noite na casa. Apesar dela aparentar esconder algo, lá fora parecia ser pior.
E tudo teria ocorrido bem, se não fosse duas coisas: não vi ninguém na casa, e nem chegou ninguém enquanto eu estava aqui, e o fato de ter acontecido alguma coisa durante a noite. Eu não sei o que foi, só que eu acordei com o meu sentido de Killer tão forte, que minha cabeça latejava.
Lá fora começou a cair uma nevasca muito forte. Vou ficar aqui mais um pouco. Para ver se consigo agradecer ao dono, quando ele voltar....Se é que ele voltará.

(Mais tarde, na mesma manhã)

Meu sentido de Killer continua apitando. Latejando. Eu sei que ele quer me dizer alguma coisa, mas não consigo ver nada de ruim nessa casa. Pelo contrário. Sinto que poderia passar minha vida aqui.

(Alguns minutos depois)

Estou com muita preguiça. Mais do que a habitual. E não é porque ursos hibernam no inverno, senão eu nem teria saído da caverna. Mas minha preguiça é tão forte, que eu não tenho vontade nem de escrever. Acho que vou dormir um pouco mais...

--//-- Início da noite do mesmo dia --\\--

Alguma coisa tá acontecendo. Dessa vez eu sei. Simplesmente apaguei num sono muito pesado. Se não fosse meu sentido de Killer gritando na minha cabeça, eu ainda estaria dormindo. Eu vou me mexer um pouco. Já não me sinto muito confortável nessa casa.

(Horas depois)

Eu não sei o que fazer. Quando eu dei uma "geral" na casa, eu encontrei uma passagem pro sótão, e, lá, eu encontrei, sem querer, uma porta secreta. Ela dava para uma sala muito enfeitada, e parecia muito aconchegante também, se não fosse as dezenas de corpos espalhados por lá. Alguns já estavam em decomposição. Mas nem o repugnante cheiro e a terrível visão daquilo me faziam querer voltar. Era um lugar ótimo para descansar, ou pelo menos aparentava ser. Se não fosse meu sentido de Killer, eu não sei o que seria de mim agora. Quando eu percebi que eu estava me acomodando por lá, sai correndo e voltei para a sala de estar. A nevasca continua muito forte lá fora. E agora eu não sei o que fazer novamente. Ir lá fora representa um perigo, até mesmo para mim. Mas ficar aqui parece mais aterrorizante ainda. É como se a casa te convidasse a ficar com ela para toda a eternidade. É assustador. Não tenho sono, mas tenho medo de fechar os olhos por um momento, e acabar não acordando mais.

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele continue na misteriosa casa, esperando a nevasca ir embora para poder sair
Ou
Que ele vá embora dali urgentemente, sem olhar pra trás

(Atualização do dia 29/05/13) Escolhida: Ele continuará esperando na misteriosa casa

(CONTINUA...)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Semana sem crônicas

Olha, ao que tudo indica, não dará para postar a continuação das Crônicas do Urso essa semana.
Provas e trabalhos, e livros, e etc, e estamos ajudando o Urso com tudo isso...."^^
Enfim, se não der para postar essa semana, voltamos na próxima.
Fiquem bem, e até mais.

--Kalau

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (35) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior:  Ele irá se aventurar na floresta, deixando-se guiar pela sorte.


Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Sétima Parte - A Floresta Negra (01)

--//-- Horário desconhecido, data desconhecida --\\--

Quando eu acordei, o sol batia no meu rosto. Era um sol fraco, e não aquecia muito, mas me fez levantar. Olhei ao redor e não vi nada que poderia me ajudar a sobreviver naquele lugar. Dei um longo suspiro, e fui em direção a floresta. Eu não iria voltar para minha caverna agora, apesar das dificuldades.
Comecei caminhar e ir em frente, mas minha cabeça estava distante. Estava ainda na caverna-cúpula, nos tigres duas-caudas, naquele mundo que eu achei debaixo da terra. Quando dei por mim, eu estava de frente a uma espécie de rinoceronte peludo. Ficamos nos encarando um tempo, como se estivéssemos tentando entender a presença um de outro naquele momento. Então, ele se deu conta que eu entrei no território dele, soltou um grunhido e veio em direção à mim. Finalmente eu despertei, e comecei a fugir. Ficamos nessa perseguição de cão e gato um tempo, até eu conseguir tempo para escalar numa enorme árvore que tinha por aí.
Porém, ele ficou lá, primeiro tentando derrubar a árvore com força, e, vendo que não conseguiria, esperando que eu descesse. Aquela árvore tinha umas frutas enormes onde eu estava, e caiu muito bem durante o tempo que eu fiquei esperando. Quando deu meio-dia, percebendo que eu poderia ficar lá muito mais tempo, o rinoceronte peludo desistiu, e resolveu ir embora.
Olhei para cima. Pelo menos agora eu estava sabendo que horário era. (Nota pessoal: lembrar de usar relógio de pulso.)
Quando coloquei minha vista no horizonte novamente, o que eu via era uma floresta mais densa e escuro, fora a enorme quantidade de neve. Resolvi dar um tempo ali mesmo e acabei adormecendo. Quando acordei, quase caindo do topo da árvore, já estava ficando noite. Olhei ao redor, havia algumas frutas mais acima de mim. Meu estômago roncou. Acho que me alimentarei com o que estou tendo oportunidade de comer agora, e depois posso descer para "tomar" um pouco de neve.

--//-- Começo da noite, data desconhecida --\\--

Estou escrevendo depois que me alimentei e "bebi" neve. Ela não tava com um gosto muito agradável não. Está vindo um vento muito gelado, e estou me incomodando muito com ele.

(Alguns minutos depois)

Eu estava guardando minhas coisas e me preparando para tentar me aquecer aqui em cima, quando eu vi uma luz estranha no meio da floresta. Estou desconfiado, mas acho que não me darei o luxo de escolher. Vou até lá. 

--//-- Noite do dia 09/06/20XX --\\--

Bem, consegui, além de tudo, um calendário aqui nessa casa.
Ela estava com as luzes acessas quando eu cheguei aqui, e a princípio achei que houvesse alguém aqui dentro, mas não vi ninguém. Esperei o máximo que pude lá fora, eu juro. Aí não aguentei de frio e tentei forçar a porta. Para minha surpresa, ela estava aberta e eu dei de focinho no chão. 
Aqui dentro tem comida, água (de verdade), e tem lareira acesa também. Eu não sei se devo ficar aqui, por dois motivos: primeiro, não quero matar alguém de susto quando perceber que sua casa foi invadida, e segundo, meu sentido de Killer não para de apitar, e eu não faço a miníma ideia do porquê...
É um lugar tão aconchegante que tenho vontade de dormir agora mesmo, apesar da minha desconfiança.
Vou esperar mais um pouco para ver se chega alguém, e, quem sabe, tomar uma decisão. Pelo menos, espero ficar acordado até lá...

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele passe a noite na misteriosa casa
Ou
Que ele teste sua sorte novamente, indo floresta adentro em plena noite

(Atualização do dia 08/05/13) Escolhida: Ele passará a noite na casa misteriosa.



(CONTINUA....)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (34) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele tentará achar uma saída alternativa.

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Sexta parte - A Caverna Desconhecida (04)

--//-- Horário desconhecido, data desconhecida --\\--

Optei por sair daquele lugar. Mas tentaria uma outra saída, já que vi alguns tigres aos redores de onde eu entrei. Comecei a caminhar na direção oposta, cuidando a parede que caminhava junto de mim. Era difícil olhar tudo com cuidado, uma vez que eu estava atento a floresta que estava do outro lado, e que o lugar era uma cúpula, com paredes gigantescas e brilhantes. Não sei quanto tempo caminhei, e o que via era apenas arbustos prateados e paredes luminosas. Em determinado momento, cansei a vista e me sentei numa pedra. Eu fechei os olhos, que estavam me doendo, e senti um profundo cansaço tomando conta de mim. Era muito estranho, pois eu não estava cansado. Lembro que a última coisa que vi antes de pegar no sono, foi dois pares de olhos, uns azuis e outros vermelhos, gigantescos, olhando para mim. Senti que estavam decidindo alguma coisa.
Quando acordei, estava do lado de fora da caverna. Minha cabeça doía, e eu pensava se aquilo tudo teria sido um sonho. Quando tentei pegar minha mochila, e não a achei, vi que não era. Olhei para a caverna, e a escuridão que ela continha me dava uma mistura de medo e vontade de descobrir. Eu até tentaria entrar de novo, porém eu estava muito despreparado e desisti da ideia.
Estava frio e olhei o caminho que eu havia feito. Eu não tinha andando muita coisa. Fiz um mapa mental, e batizei aquele lugar de "Caverna Prateada". Um nome bem óbvio, eu sei.
Mas eu estava satisfeito de certo modo. Conheci coisas inimagináveis, e vivi uma pequena aventura. O que será que me espera ao longo desse imenso lugar?
Não deu muito tempo para ficar pensando coisas. Tive que me mexer, pois eu precisava de mantimentos. Havia umas frutas por perto, dessas que mais parece água num recipiente, e matei minha sede e fome com elas. Eu me arrependia de não ter um casaco, pois eu não poderia levar nada agora comigo. 
Comecei a caminhar, e achei um abrigo. Eu estava cansado (de verdade agora) e com um pouco de frio. Acho que eu tinha me acostumado ao clima daquela caverna. Me aconcheguei naquele lugar, e comecei a escrever. Realmente espero que amanhã seja um dia melhor. E espero com certeza mais aventuras...

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele, primeiro, procure aos redores mantimentos e objetos de sobrevivência
ou
Que ele se aventure na floresta, deixando a sorte decidir seu caminho

(Atualização do dia 26/04/13) Escolhida: Ele irá se aventurar na floresta, deixando-se guiar pela sorte.


(CONTINUA...)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (33) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele se arriscará e tentará seguir o rastro do tigre, passando pelo seu bando.


Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Quinta parte - A Caverna Desconhecida (03)

--//-- Horário desconhecido, data desconhecida --\\--

Depois de uma breve espera, resolvi que não suportaria minha curiosidade, e decidi seguir aquele enorme tigre. Porém, havia um empecilho: todos aqueles tigres, aparentemente dormindo. Respirei fundo, e pé ante pé fui passando por eles.Não era um caminho longo até a abertura do outro lado na floresta, mas pareceu que demorei uma eternidade. Mesmo com todo o medo que me possuía, aquelas luzes estranhas iluminando aqueles tigres era muito lindo que as vezes eu me distraía. Quando eu estava quase chegando no final, numa dessas distrações, eu pisei numa daquelas luzes. E um som agudo, muito forte, encheu aquele lugar. Como meu reflexo de Killer nunca sumiu, me atirei entre os arbustos atrás de uma árvore ali por perto. Deu tempo suficiente para me esconder, pois logo depois todos os tigres estavam acordados e atentos. Eles não se mexeram muito do lugar, e alguns ainda ficaram deitados, mas todos estavam com orelhas e olhos atentos. Lentamente, sai do meu esconderijo provisório e comecei seguir a trilha do tigre enorme. 
Porém, conforme eu ia seguindo, a escuridão ficava cada vez maior. Eu não consegui ver nada. A iluminação da caverna era toda tapada pelas folhagens daqueles estranhas árvores. Eu avancei, eu não sei quanto, mas deveria ser por volta de 2/3 do caminho até o centro, quando eu vi dois olhos enorme e vermelhos vindo na minha direção. Não precisei que meu sentido de Killer apitasse para eu sair correndo na hora. Coisa boa não era.
Eu corri muito, na direção oposta da que eu vinha vindo. Ainda assim, não enxergava nada. Eu tomava muito cuidado para não bater em nada e mesmo assim era inevitável. Toda a vez que eu me atrasava em algo parecia que os olhos estavam ali, na minha nuca. Saía correndo novamente, com muito medo até de olhar para trás.
Quando dei por mim, havia saído da floresta. Nenhum olho, nem nada, me perseguia.
Me sentei no chão, e, ofegante, fechei um pouco os olhos. Abri a mochila, comi algo, e percebi que minha água estava acabando.
Aquele lugar era incrível, mas eu não sei se vale a pena arriscar minha vida agora, que estou despreparado.
Olhei para o lado, eu já havia passado por aqui, e sabia que mais para frente tinha a entrada por onde eu cheguei. Eu podia ir até lá e tentar subir de volta, afinal, se os tigres conseguiram, talvez eu consiga também.
Ou quem sabe, vasculhar mais por aí para ver se acho outra saída.
Enquanto escrevo isso, escuto alguns barulhos vindo da floresta. Parece que ela se agitou com minha presença. Apesar do medo, e do receio de ficar sem mantimentos, minha curiosidade ainda é muito grande...

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele tente voltar por onde veio
ou
Que ele tente achar uma saída alternativa
ou, ainda
Que ele tente, novamente, entrar mais a fundo na floresta, se arriscando ainda mais

(Atualização do dia 18/04/13) Escolhida: Ele tentará achar uma saída alternativa.


(CONTINUA...)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (32) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: Ele esperará os "tigres" e os observará para aprender mais sobre eles e, se der, os seguirá adentro da floresta.

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ Jornada das Descobertas

Quarta parte - A Caverna Desconhecida (02)

--//-- Horário desconhecido, data desconhecida --\\--

Acordei ouvindo pequenos rugidos e grunhidos. Eram os tigres, estavam em quatro no grupo. Olhei ao redor. Parece que eu ficara seguro naquele lugar. Os pássaros ainda estavam no céu e eu fiquei olhando eles um pouco. Então os tigres começaram ir para dentro da escura floresta. Olhei uma última vez os pássaros e me pus a seguir os tigres.
Eles andavam lentamente para dentro da floresta, e por mais que fosse minha curiosidade para saber como era a vida deles, eu tive que ter acima de tudo, paciência. Eles eram esplêndidos, porém pareciam sempre cansados, e andavam lentamente. Paravam toda a hora para cheirar algo, ou comer algo do chão, como se toda a energia fosse necessária para poder se locomover. Mas eles iam seguindo, e conforme isso acontecia, eu não conseguia enxergar tão bem quanto eles. Por vezes bati em árvores. Quando eu estava começando a perder eles na escuridão, pequenas luzes amarelas brotavam do chão, iluminando uma área. Quando consegui ver de mais perto, parecia algo como ouro. Mas que iluminava como uma pequena chama. Apareceu aos poucos, e então uma grande área era iluminada por aquilo. Fiquei de fora dessa área, me expondo a perigos exteriores, pois os tigres entraram lá e ficaram reunidos ao redor de uma das luzes. Logo depois, começaram a chegar mais grupos: uns maiores, outros menores. Todos vinham e se acomodavam em algum lugar perto das misteriosas luzes. Conforme iam aumentando o número, elas ficavam cada vez mais brilhantes. Um amarelo muito forte estava deixando aquele lugar claro. Então, de algum lugar a caminho da gigante árvore que ficava no centro, saiu um tigre, muito similar a todos aqueles, porém com dentes gigantes, como os dos dente-de-sabre, e duas vezes maior que qualquer que estava ali. Ele, com a mesma velocidade de todos, caminhou até certo lugar e se posicionou de frente a todos aqueles.
Então, um fenômeno aconteceu. Todas aquelas luzes começaram a formar um fio que ia até aquele tigre enorme. Quando chegou lá, inúmeras luzes amarelas apareceram e o tigre fechou os olhos. Os outros começaram a rugir e a soltar gemidos que pareciam de dor. As luzes iam ao pouco voltando ao seu estado original. Conforme as luzes iam voltando, as pedras daquele enorme tigre iam ficando mais claras. Quando determinada pedra de um dos grupos ficava com a iluminação original, os tigres se afastavam dela, parecendo ainda mais abatidos e cansados. Percebi, finalmente, que aquelas pedras serviam como uma fonte de energia, que ao que tudo parecia alimentava aquele tigre enorme.
Ao final do ritual, os grupos se retiraram e caíram num sono profundo perto de umas árvores que estavam ao redor. O enorme tigre então abriu seus olhos, e vi, pasmo, que eles, antes de cor cinza, agora eram dourados e possuíam um brilho único. Aquele tigre então se levantou, e foi novamente em direção à gigante árvore, com passos ferozes e decididos.  Minha curiosidade era tanta, eu queria muito saber até onde o tigre ia. Porém, eu estava receoso de que acordasse os tigres. Então, me sentei e comecei a escrever. 
Agora vejo que aquele tigre deixou um rastro, parecido com um pó brilhante. Talvez se eu seguir isso eu encontre algo interessante. Mas isso significa ter que me arriscar ainda mais, passar um bando de enormes tigres que não sei se são hostis, e eu também estou ficando sem água. Vou esperar um pouco antes de me decidir.

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele se arrisque e tente seguir o rastro do tigre, passando pelo seu bando
ou
Que ele observe o restante do grupo para tentar aprender mais, e quem sabe conseguir mantimentos em algum lugar
ou, ainda
Que ele tente voltar para tentar se reabastecer e se preparar para prosseguir novamente para a floresta com mais segurança

(Atualização dia 11/04/2013) Escolhida: Ele se arriscará e tentará seguir o rastro do tigre, passando pelo seu bando

(CONTINUA...)

quinta-feira, 28 de março de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (31) ##INTERATIVO##

Resultado da INTERATIVIDADE anterior: O Urso vasculhará a caverna.

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ A Jornada das Descobertas

Terceira Parte - A Caverna Desconhecida (01)

--//-- Manhã do dia 06/06/20XX --\\--

Acordei e olhei decidido para a caverna. Respirei fundo, guardei meus mantimentos e me aproximei dela. Eu estava confiante: Iria por um fim na minha curiosidade e entraria naquele lugar. Cheguei mais perto, e analisei a entrada com cuidado. Não vi nada de anormal, e comecei a caminhar para dentro. A caverna era muito longa, muito mesmo. E eu estava começando a me cansar. Eu estava utilizando uma pequena lanterna, e por acaso eu vi uma passagem numa da parede da caverna. Me aproximei dela e vi rastros de patas, e quase tive a certeza: O animal entrara por lá. Resolvi entrar.
Era uma passagem muito pequena e estreita. Mas de alguma forma eu avançava. Foi então que ela ficou íngreme, tanto que eu perdi meu equilíbrio, e comecei a rolar por aquele lugar. Quando finalmente parei, me deparei com um lugar totalmente novo: Havia uma espécie de cúpula, gigantesca. E uma espécie de pedra, de cor prateada, reluzia por toda a caverna, a iluminando totalmente. Era algo lindo. As árvores, que tinham tons cinza, quase batiam no topo daquele lugar, de tão grandes que eram. Eu ouvia muitos sons, uns até conhecidos, como rugidos e assobios, outros muitos estranhos, como berros e grunhidos. Eu estava quase da altura do chão, mesmo assim não via nada dentro daquela densa floresta. Então, percebi movimentos do meu lado esquerdo e vi alguns daqueles misteriosos animais que eu tinha visto lá fora se dirigindo para onde eu estava. Porém, eles não pareciam ter notado minha presença ainda. Resolvi me esconder num monte de arbustos que tinham por lá. Logo depois que eles entraram por onde eu havia saído, resolvi seguir os rastros que eles deixaram, esperando que me levassem ao lugar onde eles viviam. Fui adentrando àquela floresta, e, apesar de estar me aprofundando ainda mais, não via nenhum sinal de vida. A floresta ficava muito escura em seu interior. Infelizmente, em determinado momento, eu não pude mais enxergar os rastros e tive que abandonar a trilha. Não podia ligar a lanterna agora, eu não sabia o que poderia me encontrar. Foi fácil sair da floresta, era só ir em direção onde era mais iluminado. Quando eu sai novamente, eu olhei para cima. Eu quase não via o topo da caverna e das árvores. Então, um assobio extremamente forte e longo correu todo o lugar. Me apavorei. Não sabia o que aquilo significava. Então, vi algo extremamente maravilhoso. De dentro da floresta, voando por cima de mim, inúmeros pássaros, de diversos tamanhos, de diversos tons de cinzas, saíram de lá. Alguns lembravam pássaros comuns, mas a maioria tinha alguma exclusividade. Uns com duas cabeças, ou duas caudas. Mas com certeza, o mais incrível era uma ave, do tamanho de um gavião, que possuía uma crina, duas caudas e quatro asas, duas de cada lado. A princípio, na floresta, ela era de cor prateada. Mas quando a iluminação das pedras da caverna bateu nas suas penas, ela começou a brilhar. Era como uma joia, brilhante, dando um show no céu.
Fiquei olhando aquilo por algum tempo. Não sei quanto. Perdi a noção de tempo naquele lugar. Era tudo tão majestoso. Quando dei por mim, alguns animais também saiam do lugar. Uns pareciam esquilos, outros eu nem tenho como descrever direito. Alguns ficaram me olhando, curiosos, outros nem se importaram com minha presença. Dei alguns passos para trás e comecei a andar rapidamente pelo redor da cúpula.
O redor da cúpula parecia apenas ter alguns arbustos e folhagens (de cores prateadas também), com algumas árvores começando um círculo central, e uma enorme árvore bem no centro do círculo. Eu vi isto depois que me escondi atrás de uns arbustos para poder comer.
E agora estou sentado aqui, escrevendo, recostado na parede reluzente da caverna.
Essas pedras prateadas que revestem todo o interior daqui, emanam um tipo de calor também. Deve ser por isso que foi possível ter criado vida aqui.
Não sei que horas são, e não estou seguro. Mas estou muito curioso. Ainda não vou embora. Vou descansar um pouco, e quando acordar decido o que fazer.

##INTERATIVO##

Escolha o futuro do Urso, escrevendo nos comentários se quer
Que ele vasculhe toda a extensão iluminada antes de entrar na floresta
ou
Que ele espere os "tigres" e os observe para aprender mais sobre eles e, se der, segui-los adentro da floresta

(Atualização dia 03/04/2013) Escolhida: Ele esperará os "tigres" e os observará para aprender mais sobre eles e, se der, os seguirá adentro da floresta.
(CONTINUA...)

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (30) ##INTERATIVO##

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ A Jornada das Descobertas

Segunda Parte - A Floresta (02)

--//-- Manhã do dia 05/06/20XX --\\--

Acordei meio doído. Dormi mal também. Deve ser porque a adrenalina de estar dormindo aqui fora afugentou meu sono. E talvez o medo também. Acordei várias vezes durante a noite, pensando em ouvir algo pisando forte a neve e fazendo um barulho que não chegava a ser um rugido, porque era mais abafado, mas que ainda assim mostrava ferocidade. Essa manhã eu olhei ao redor, mas não vi nada. Deve ter sido minha imaginação. Recolhi minha coisas de acampamento, o que não são muitas coisas. Alguns cobertores, uma pequena cabana, mantimentos, etc. Cabe tudo nessa "mochila" que tenho junto e da qual não desgrudo. 
Durante a manhã inteira resolvi ir mais adentro da floresta. Ela ficou mais densa, e eu vi lagos congelados também. Incrível como o lugar mudou em tão pouco tempo.
Parece que as fadas daqui não saem muito de dia. Não vi nenhuma até agora. 
Bem, além de pássaros e esquilos que eu vi pelas redondezas, nada de novo me surpreendeu essa manhã.
Estou escrevendo enquanto faço meu almoço, debaixo de uma altíssima árvore. O sol está aparecendo, e não há muita ventania. Está até agradável se comparado aos outros dias.

--//-- Início da noite do dia 05/06/20XX --\\--

Bem, vaguei incansavelmente durante a maioria da tarde sem achar nada. Foi então que vi algo incrível. Eu estava colhendo umas frutas chamadas Illumini, que dão aos montes numa planta conhecida aqui como Illuminati. São chamadas também de Cerejas Douradas, porque são parecidas com cerejas, mas são amarelas e possuem um brilho extraordinário, como se possuíssem luz por dentro. Enfim, estava colhendo elas quando eu ouvi o mesmo rugido que ouvi na noite passada. Eu me escondi e o que eu vi foi algo que nunca tinha visto antes.
Ele tinha a postura de um tigre siberiano, e a mesma camuflagem natural. Porém, sua cabeça era parecida com a de um mini-dragão, mais achatada em cima e com dois pequenos cornos saindo do alto de sua cabeça. Tinha inúmeros dentes afiados, e a cada respiração, uma lufada de ar saia de sua boca. Possuía alguns bigodes também, típico de felinos. Tinha garras enormes e dava passadas pesadas, abafadas pela neve. E, por fim, duas caudas bem longas, listradas assim como seu corpo, com um pequeno chumaço de pelo no final, completavam essa belíssima criatura. Fiquem maravilhado e paralisado de medo enquanto a via avançar na minha frente e entrar numa pequena caverna encoberta pela neve. Como estava anoitecendo, fiz meu acampamento a alguma distância segura dali, e fiquei observando de longe. Talvez amanhã eu me arrisque e confira mais de perto aquele lugar.

##INTERATIVO##

Digite no comentário se quiser
que o Urso prossiga a viagem
ou
que o Urso vasculhe a caverna.

(Atualização 28/03/2013) Escolhida: O Urso vasculhará a caverna. 

(CONTINUA...)

Interatividade

Pessoal, decidimos "testar" uma coisa no blog.
As postadas das "Crônicas do Urso", estão num formato de diário, e saem, geralmente uma vez por semana.
Acontece que queremos participação dos leitores, e por isso estaremos colocando no mínimo 2 OPÇÕES no final de cada Crônica. Ou seja, quem decidirá o que o Urso descobre e o que ele viverá são ninguém menos que vocês.
Para cada postagem com a escrita "##INTERATIVO##", haverá caminhos para você escolher.
O modelo no qual me baseio é o mesmo usado no livro "A Gruta do Tempo" ( Mais detalhes AQUI. )
Funcionará da seguinte forma:
1- Postagem das "Crônicas do Urso ##INTERATIVO##";
2- Mínimo de 2 escolhas por postagem no final da mesma;
3- A votação se dará em 5 dias após a postagem. Ao final dessa data, se não houver nenhuma escolha, o primeiro comentário será o escolhido.

Esperamos todos vocês em mais essa novidade aqui no blog!!!!

Um grande abraço a todos!

--Kalau

sexta-feira, 15 de março de 2013

Uma semana daquelas

Bem, devo informar que essa semana não sairá nenhum post. Nem eu estou com muita vontade de falar... a faculdade está deixando o Urso com cara de Killer, e nós 3 estamos tendo trabalho dobrado. Até o Bidji tá acordado. Passei para avisar vocês. Bom final de semana, e semana que vem voltaremos com aquilo que interessa. ^^

--Kalau

quarta-feira, 6 de março de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (29)

Urso ~~ Capítulo 21 ~~ A Jornada das Descobertas

Primeira Parte - A Floresta (01)

A pequena jornada que o Urso fez, inicialmente adentrando a floresta, vai ser relatado como ele próprio escreveu, num caderno, com suas próprias observações e suas dúvidas.

--//-- Manhã do dia 04/06/20XX --\\--

Me despedi dos morcegos antes de eu sair hoje. Não que sejam como uma família, mas é o que mais se aproximam dela. Tem os fantasmas também, a quem eu pedi que ficassem cuidando deles e da caverna, porém duvido que irão obedecer e pelo menos um deles deve estar me vigiando agora. Bem, quando escrevo isso, o final da manhã se aproxima, ainda há muita neve por todos os lugares, e quero relatar algo que eu vi essa manhã, antes que eu esqueça. Não que seja muito simples a ponto disso, mas algo me diz que esse meu "passeio" será cheio de surpresas. 
Enfim, como o inverno se aproxima, tudo aqui está muito gelado. Porém, parece que a vida se adaptou a esse lugar ( e onde não se adaptaria ). Eu, particularmente, estou encantado. Afinal, eu vim de uma terra totalmente diferente. Porém, vamos as fatos. Eu havia saído da caverna já tinha um bom tempo, e seguia em linha reta. Não havia muitos caminhos a se percorrer, a neve cobriu tudo. Foi então que eu ouvi um barulho e me escondi atrás de um pinheiro. Ou o que sobrou dele. E o que eu vi foi uma fada. Mas não era uma fada como a Ninfa, que eu conheci. Era uma fada ao estilo tradicional. Colorida, pequena, e que podiam ser facilmente confundidas com vaga-lumes à noite. Eram todas amarelas brilhantes, e estavam voando como pássaros voam normalmente entre as árvores. Mas, sempre à frente delas, havia outras quatro fadas azuis e uma fada vermelha. Entre intrigado e maravilhado, fiquei observando enquanto elas passavam. Mas, o que me intrigou de verdade, foi o fato de eu não ser o único a observá-las. Algo, entre as floresta, que eu notei pouco depois das fadas, estava à espreita. Eu só vi sua sombra. Algo como um filhote de onça, talvez um pouco menor. Possuía três chifres. E foi o que eu vi. Depois, as fadas simplesmente "apagaram" seus brilhos e aquele animal ou seja lá o que for, sumiu. Por via das dúvidas, eu fiquei mais alguns minutos escondidos.
Bem, agora vou fazer meu almoço. Estou levando uma mochila com alguns suprimentos. Para não haver perigo, mantenho ela sempre junto do meu corpo. Escrevo assim que possível. Até logo!

--//-- Noite do dia 04/06/20XX --\\--

Escrevo à luz da lua. Ela tá brilhante e muito linda, como sempre. Para minha tristeza, não encontrei nada de novo durante toda a tarde. Muita neve, alguns animais conhecidos. E só. Fiz um acampamento aqui. E como sou um urso, consigo me adaptar a esse clima facilmente. Bem, espero que amanhã seja mais compensador. Boa noite.

(CONTINUA...)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (28)

Urso ~~ Capítulo 20 ~~ Uma pequena jornada começa

O Urso acordou e levantou-se. Caminhou até a geladeira. Tinha conseguido catalizar um pouco da energia do mini-sol para uso doméstico. E era prático também que seu quarto e a cozinha fossem no mesmo cômodo. Afinal, havia apenas um livre. Abriu a porta da geladeira, tirou uma caixinha de leite, colocou num copo e tomou.  Enquanto tomava, percebeu que já fazia mais de uma semana que estava aí. E três dias desde que os morcegos se acomodaram no teto da caverna. O Urso se havia assustado de início e até pensou em expulsá-los. Mas, de certo modo, era ele o "intruso". Então, achou que era proveitoso para ambas as partes que ficasse daquele forma. O Urso olhou para o teto mais uma vez:
- Para uma espécie em extinção, há muitos de vocês aqui... - Falou para si mesmo.
Então o Urso acabou de se ajeitar, e resolveu dar uma volta, para espairecer um pouco. Quando o Urso saiu, sentiu um vento gelado vindo em sua direção.
- Mas que mudança de temperatura. O que será que acontec... - Interrompeu-se assim que viu a luz do dia.
E lá fora, o chão estava coberto de neve. Uma neve muito branca. Dava para perceber que ela era muito espessa também. O Urso logo percebeu que, se não tivesse ligado o gerador, feito as reformas, e aquecido o interior da caverna, possivelmente aquela neve iria "preencher" toda a caverna. Perto da entrada da caverna, um pouco de água escorria para os lados, e a neve ia se formando devagar, e, conforme ia se afastando da entrada, aquela neve se amontoava mais e mais, até ficar mais alta que a própria caverna. Devido a proteção natural, e a vontade que tinha de ver como era o ambiente que o cercava melhor, o Urso saiu assim mesmo, escalando aquele monte de neve. Chegando no topo, ele olhou ao redor. Parecia que o chão havia subido. A neve cobria tudo. Os alto pinheiros agora não passavam de pequenas árvores. Era um cenário cinza e branco. Não deveria ter tanta vida como o Urso viu. Parecia que muitos animais da região tiveram que se adaptar ao clima de lá, e não viam muitos problemas em andar por aí. O Urso, então, resolveu começar sua jornada pelas florestas do sul.
Traçou um mapa imaginário na sua cabeça. Localizou onde ficava a cidade. Onde estava sua caverna. E a partir disso, resolveu seguir em frente, e ver o que achava naquela misteriosa e encantadora floresta.
(CONTINUA...)

Recomeço das aulas

Novamente, o Urso recomeça suas aulas.  E está estampando no seu rosto que ele já quer férias novamente. Há quem chame ele de preguiçoso, que quer tudo muito fácil, e até um pouco antissocial. Bem, as pessoas estão certas. Mas o Urso não se importa, porque sabe que, quem diz essas coisas, é hipócrita nesse sentindo. Em todo o caso, que seja um ano bom para o Urso. Pelo menos, os fantasmas dele esperam isso. E bom ano letivo à todos que estão estudando esse ano também.

--Kalaboka

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Projeto lançado!

O projeto que o Urso lançou com a Pinguim está sendo lançado hoje. O Urso pediu para avisar que eles tentaram escrever com a maior frequência possível. Infelizmente, a Pinguim precisa estar numa lan e o Urso vai precisar de mais tempo. Porém, é um projeto bacana dos dois, e os fantasmas daqui recomendam para vocês darem uma passada lá para conferir. Como? Simples. Ali ao lado na sessão dos link, vai ter um que irá redirecionar vocês até lá. Ou simplesmente acessem por aqui mesmo:

"As parábolas do..." PROJETO Urso + Pinguim!

Aproveitem as histórias que encontrará lá. xD

-Kalau

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

**Música** Don't You Forget About Me ( Não se esqueça de mim )

Uma música com letra e canção muito lindas. Espero que gostem xD

--Kalau


Don't You Forget About Me ( Não se esqueça de mim )


Hey, hey, hey
Ohhh

Você não vai pensar sobre mim?
Eu estarei sozinho, dançando - você sabe disso, baby...

Conte-me suas problemas e dúvidas,
Me entregando tudo, por dentro e por fora.
O amor é estranho - tão real no escuro.
Pense nas coisas ternas com que estivemos ocupados.

A mudança lenta pode nos separar
Quando a luz entrar dentro do seu coração, baby...

Não se esqueça de mim,
Não, não, não, não,
Não se esqueça de mim.

Você me vigiará com atenção?
Olhará meu caminho? nunca me abandonará?
A chuva continua caindo, a chuva continua caindo,
No chão, no chão, no chão...

Você me reconhecerá?
Chamará meu nome ou continuará seguindo?
A chuva continua caindo, a chuva continua caindo,
No chão, no chão, no chão...

Hey, hey, hey
Ohhh

Não tente fingir,
A minha sensação é que nós venceremos no final.
Eu não te prejudicarei ou tocarei suas defesas:
Vaidade e insegurança.

Não se esqueça de mim,
Eu estarei sozinho, dançando - você sabe disso, baby...
Vou desmontar você em pedaços,
Eu nos construirei de volta juntos, no coração, baby.

Não se esqueça de mim,
Não, não, não, não,
Não se esqueça de mim.

Enquanto você seguir
Você chamará meu nome?
Enquanto você seguir...
Você chamará meu nome
Quando você for embora?

Ou você irá embora?
Você continuará seguindo?
Vamos lá - chame meu nome.
Você chamará meu nome?

Eu digo:
La la la...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Livro: Crônicas do Urso (27)

Urso ~~ Capítulo 19 ~~ Uma base ou uma caverna?

O Urso passara uma semana lá, cuidando do morcego e ajeitando o máximo possível da caverna. No dia seguinte a chegada do Urso lá, algumas caixas apareceram na frente da caverna. O Urso nunca soube como elas chegaram lá. Dentro delas tinham muitas coisas: ferramentas, mantimentos, produtos químicos, material de construção, e um manual de instrução. O Urso não entendeu a princípio, mas depois de vasculhar o interior da caverna e descobrir toda a extensão dela e da "base" da NASA, ele soube o porquê.
Então, para esclarecer, a caverna era dessa forma: a entrada, já dita, é como uma caverna comum. Se estende num arco, parecido com uma gruta, e fica numa saliência na terra que nem chega a ser uma montanha. Se você caminhar sempre para frente, verá apenas o "fim" da caverna. Talvez, se enxergar bem e tiver sorte, você ache algo diferente entre as rochas. Algo como um interruptor muito bem escondido. Se acionado, vai abrir uma passagem lateral um pouco acima, no lado esquerdo da caverna. Essa passagem, estreita a princípio, logo mostra-se curta e desemboca num amplo espaço, onde antigamente ficava uma espécie de "sala de boas-vindas". no lado oposto de onde ficaria a entrada natural da caverna, há 3 entradas diferentes. Quando foi construído, uma levava há um lugar onde eram guardados mantimentos, a do meio levava a uma sala de experimentos e a última, a direita,  levava à sala dos arquivos. Agora, a passagem para os arquivos estava comprometida e tudo indica que seu interior também. Parece que quando abandonaram o local, destruíram tudo que poderia vir a ser perigoso deixar lá. A passagem do meio estava intacta, mas não podia se dizer o mesmo da sala de experimentos. Não havia nada guardado lá, e estava tudo um pouco destruído. Era um laboratório muito bagunçado. A única sala "impecável" era a dos mantimentos. Apenas o sistema de refrigeração estava quebrado. Bem, essa era a "base" da NASA. Não havia naves, nem alienígenas, nem qualquer coisa que parecesse uma base da NASA, mas era. Na verdade, todos pensavam naquilo mais como um posto avançado. E agora estava ali, abandonado. Apenas morcegos habitavam o local, entrando por fendas ali ou lá. E, agora também, o Urso.
O Urso passou em torno de 4 cuidando do morcego, trocando o sistema de iluminação por aquele que veio nas caixas, trocando fusíveis, consertando peças diversas, e tapando fendas. Exceto uma, pois tinha medo de morrer sufocado dentro daquele lugar. No fim desses 4 dias, a caverna agora estava "apresentável". Não dava para se queixar. Então, o restante da semana, ele passou cuidando do morcego, que agora não o olhava sempre com olhos vermelhos, e a cada vez que o Urso o alimentava seus olhos iam mudando para uma coloração amarela. O Urso também estava estudando aquele local. Na sala inicial, a das "boas-vindas", ele fez cozinha, quarto e sala. Na área dos mantimentos, o Urso achou uma nascente e depois de muito esforço e trabalho, fez uma pequena plantação. Mas só depois ele percebeu o quanto seria inútil, pois a maioria das plantas comestíveis precisavam do sol ou de calor. Quando estava consertando o sistema de resfriamento e aquecimento, ele viu algo escondido entre as pedras. Era algo que haviam inventado a muito tempo. Um mini-sol. Havia algo também no topo daquele lugar, e o Urso sabia que aquele mini-sol ia naquele lugar. Já vira seus irmãos maiores funcionarem na base principal, e eles serviam como fonte de energia para grandes trabalhos. Mas aquele ali, pequeno como era, ia servir para fornecer energia suficiente apenas para uma plantação. Era perfeito. Então, depois de algum tempo, ele conseguiu posicionar o mini-sol lá no local onde ele se acoplava, e ajustou horários para ele ficar ligado e desligado. Quando o Urso estava limpando, tinha achado uns tonéis com algum tipo de combustível. Agora ele sabia para o que aquilo servia. O mini-sol não ocupava muito, e aquilo ia durar e sobrar até o Urso achar mais. 
O Urso ajeitou o laboratório também. A princípio ele não iria utilizá-lo, mas era bom deixar a postos. Por fim, faltava o banheiro. Antigamente ele ficava na sala dos arquivos, mas agora, o caminho e toda a sala estava comprometida. Então o Urso criou uma passagem na primeira sala, e fez até um encanamento para não ficar sujo por lá. Feito tudo isso, o Urso se sentia orgulhoso de si mesmo. O morcego estava melhor, e e ele podia soltá-lo. Nos últimos dias, ele já levantava um pouco de voo, mas não se mantinha. Então, agora curado, ele deu uma enorme volta ao redor da caverna, e parou na fenda que o Urso havia deixado aberta. Ele estava com os olhos verdes, muito claros. Mas quando se virou, como se fosse uma despedida, seus olhos pareciam azuis. E então ele se foi.
- Nossa, nem um obrigado. - Um dos fantasmas do nada disse.
O  Urso estava se acostumando:
- Bem, aposto que ele tá com saudades do lar.
- Mas o lar deles não era aqui?
Lá fora ouviu-se um enorme guicho. E muitos outros se fizeram ouvir depois disso.
O Urso e o fantasma se entreolharam.
Na floresta, uma massa preta de morcegos se dirigia rapidamente para a caverna.
(CONTINUA...)